você já ouviu a frase: O FUTURO É ANCESTRAL?
sim, quanto mais tecnológico o mundo fica, maior é a necessidade de nos REconectarmos com o nosso passado.Vamos falar um pouco sobre como esse resgate nos ajudará a criar ambientes mais felizes no mundo corporativo com employee experience. Bora juntos?
quero antes, trazer alguns conceitos (que podem parecer jogados e aleatórios, mas não são!) fique até o final pra entender que vão nortear nossa conversa aqui.
pluriversalidade
a futurista grazi mendes fala sobre “Reimaginar futuros na pluriversalidade”, onde trazer para o centro do debate as perspectivas e os saberes dos povos africanos e indígenas. também tem a ver com a ideia de que não existe só uma única maneira de ver o mundo, mas várias, todas igualmente válidas. Em vez de pensar que existe uma verdade absoluta, a pluriversalidade valoriza diferentes culturas, conhecimentos e formas de viver.
é como se, em vez de um único “universo” de ideias, tivéssemos vários “pluriversos”, onde cada povo ou grupo tem sua própria visão de mundo e jeito de entender a realidade. isso é muito usado em debates sobre diversidade, descolonização do pensamento e inclusão de diferentes perspectivas na ciência, na filosofia, na sociedade e no employee experience.
woke
o termo “woke” começou como uma gíria nos EUA para dizer que alguém estava “acordado” para injustiças sociais, principalmente raciais. Com o tempo, passou a englobar outros temas, como igualdade de gênero, direitos LGBTQIA+ e meio ambiente.
Nos últimos anos, a palavra virou um pouco polêmica. Para alguns, ser “woke” é se preocupar com o mundo e querer um lugar mais justo. Para outros, significa um exagero de correção política.
hoje em dia, o termo employee experience aparece bastante em debates sobre cultura e sociedade, sendo usado tanto de forma positiva quanto negativa, dependendo de quem está falando.
job crafting
é quando a pessoa ajusta seu próprio trabalho para que ele faça mais sentido para ela. Em vez de só seguir o que foi definido no cargo, ela adapta tarefas, interações e até a forma de enxergar seu papel para que o trabalho fique mais motivador e tenha mais a ver com seus talentos e interesses.
polarização
quando as opiniões e grupos ficam cada vez mais distantes e opostos, tornando o diálogo mais difícil. Em vez de haver um meio-termo ou debate saudável, as pessoas se dividem em “lados” e defendem suas ideias de forma mais extrema.
isso acontece muito na política, na cultura e até em temas do dia a dia, como futebol, tecnologia e employee experience. com redes sociais e algoritmos reforçando opiniões semelhantes, a polarização só cresce, deixando cada vez menos espaço para conversas equilibradas e trocas de ideias.
ok tita, mas o que tudo isso tem a ver?
estamos vivendo em uma era chamada RUPT (rápido, imprevisível, paradoxal e turbulento) e que nos faz refletir que quanto maior o acesso a tecnologia, maior a nossa conectividade, menor é a nossa conexão com a humanidade.
as redes sociais e a infoxicação (excesso de informação) nos coloca em um mundo paradoxal, onde a maioria das coisas parecem se contradizer, desde não saber se o ideal pro corpo é ser vegano, é ser carnívoro, é ser crudívoro ou seguir a alimentação do tipo sanguíneo, até qual político acreditar.
além disso, as informações mudam o tempo todo (é tudo muito rápido), vide Emilia Perez, filme favorito ao Oscar que do dia para noite perdeu sua credibilidade e com isso sua favorabilidade ao prêmio.
ou seja, imprevisibilidade é algo que permeia nosso dia a dia e não conseguimos fugir e a maioria das vezes vamos sentir essa turbulência, como se tudo estivesse fora do nosso controle.
dito isso, com um mundo mais desperto (woke), novas gerações cada vez mais em busca de propósito e com pouca resiliência em se manter no mercado, as empresas lutam diariamente nessa batalha de retenção dos talentos.
hoje, está mais claro que as pessoas não trabalham apenas pelo dinheiro e que salário não entra nem no top 3 motivos pela saída (ou insatisfação) de um colaborador.
pesquisa pin people & reconnect, 2024 (721 participantes).
e o custo de um turnover custa em torno de 6x a 9x o salário do colaborador, considerando todo tempo de rampagem até conseguir capacitar alguém para o mesmo posto.
em uma pesquisa recente sobre bem-estar feita pela pin people e reconnect, um dos principais dados foi relacionado ao eNPS (mede a satisfação interna do colaborador)
que se apresentou em -9 (faixa crítica).
precisamos fazer um esforço de tentar olhar a nossa organização por fora da embalagem e pensar: “como quero que minha marca empregadora seja vista e lembrada em termos de employee experience?” “estamos fazendo ações para que isso aconteça?”
a área de RH está cada vez mais estratégica e é de sua responsabilidade medir os resultados, criar as ações e sensibilizar as lideranças.
e se você é lider de área e está lendo isso, lembre-se que o RH não é o salvador da pátria e você é diretamente responsável pelos seus liderados. a união do RH com a liderança, é o que fará a grande diferença na companhia.
como head de felicidade corporativa aqui na Fábrica DC, percebo que as ações que mais dão certo são aquelas nas quais os líderes engajam. se isso não acontecer, a ação vai capengar até não resistir mais.
e nesse dia internacional da felicidade, trouxemos uma ideia de como você pode pensar em criar um plano de ação focado em bem-estar.
imagine toda sua jornada desde a atração até o offboarding, o que você poderia criar em cada camada ideias que ajudem a engajar o colaborador com a empresa e deixá-lo mais feliz.
comece pela SATISFAÇÃO, que seriam as ações básicas (fatores higiênicos) que uma grande empresa precisa ter para dar qualidade de vida.
por exemplo:
e então amplie para as outras etapas da jornada:
agora chegou a hora do plano de felicidade! nele, a ideia é que sejam ações mais focadas em realização (o topo da famosa pirâmide de maslow).
exemplo da pirâmide de Maslow – fonte Alura.
então, imaginemos que nossos colaboradores já tem o básico necessário para viver, agora como podemos realizá-los mais de forma que eles se sintam bem e valorizados?
para nos ajudar, o auto best-seller e pai da psicologia positiva Martin Selligman, nos dá um acrônimo chamado PERMA-V que nos ajuda a organizar as ideias em categorias:
fonte: happytown
emoções positivas
engajamento
relações positivas
significado
conquistas
vitalidade
exemplos em uma das etapas:
agora, de acordo com a cultura da sua empresa e até onde vocês podem ir, pense em ações para as demais etapas:
Atração:
- Seja irresistível: Construa uma marca empregadora que faça os talentos pensarem “Uau, quero trabalhar aí!”
- Pesque nos lugares certos: Use canais de recrutamento que atraiam os perfis mais adequados.
- Deixe a experiência da candidatura um sonho: Ninguém gosta de formulários chatos e processos intermináveis.
Onboarding:
- Bem-vindo à selva! Crie um programa de integração que prepare os novatos para a aventura.
- Treinamento ninja: Desenvolva habilidades e prepare o terreno para o sucesso.
- Cultura é o nosso DNA: Apresente a empresa e seus valores de forma envolvente.
Desenvolvimento:
- O céu é o limite! Ofereça oportunidades de crescimento e desenvolvimento para que todos possam voar alto.
- Feedback é presente: Crie uma cultura de feedback construtivo e honesto.
- Reconhecimento é a alma do negócio: Celebre as conquistas e motive o time.
Retenção:
- Ambiente de trabalho nota 10: Crie um espaço (físico ou virtual) onde todos se sintam bem e queiram ficar.
- Benefícios que encantam: Ofereça um pacote de benefícios que faça os olhos brilharem.
- Valorize cada talento: Reconheça o trabalho de cada pessoa e faça-a se sentir especial.
Offboarding:
- Até logo, mas não adeus: Crie um processo de desligamento respeitoso e humano.
- Aconselhamento para o futuro: Ajude o colaborador a encontrar novos caminhos.
- Manter contato é legal: Quem sabe um dia os caminhos se encontram novamente?
independente das ações criadas, o mais importante é a trabalhar a mentalidade do bem-estar. criar momentos que marcam e que vão fazer a diferença na hora do colaborador pensar em aceitar alguma oferta!
aqui na fábrica DC, nós te ajudamos a desenvolver seu mapa de felicidade, mas também a trabalhar a mentalidade nos colaboradores, afinal, por mais que a empresa faça sua parte no employee experience, o colaborador também precisa fazer a sua.
até a próxima!