Direto da Austrália, a especialista em tecnologia do sexo, veio falar um pouco sobre sua jornada e como a tecnologia vai mudar (e já esta mudando) o futuro do sexo.
Ela tem um podcast chamado Future of sex e disse que o episódio mais escutado é o “Como eu me comunico com meu parceiro(a) sobre fantasias sexuais?”.
O futuro do sexo não tem nada a ver com tecnologia e sim com mais humanização.
Ser mais abertos a conversas e trocas sobre fantasias, desejos e trocas. Ter menos vergonha sobre o tema, os pais estarem abertos a se comunicarem com os filhos sobre e vice-versa.
A tecnologia vai ser uma grande amplificadora de tudo isso.
E uma pergunta que fica é “porque deveríamos perguntar a um IA como devemos fazer sexo? O que máquinas podem nos ensinar?”.
Isso parece insano, mas o ponto aqui é que exatamente pelo sexo ainda ser um TABU na nossa sociedade, a tecnologia entra como um alguém isento de julgamento, que pode te ensinar e trocar informações. Por exemplo, dentro da tecnologia, conseguimos nos sentir em um local seguro e de uma certa forma, anonimo e isso nos traz uma sensação de liberdade para poder perguntar ou interagir sobre qualquer assunto sexual. No futuro, vamos ter VR experiencie de sexo, em que você poderá realizar sua fantasia de ‘voyer’, de assistir a uma troca de casais em uma casa de swing, por exemplo, mas sem necessariamente estar lá fisicamente.
Mas nada disso, vai excluir a conversa e troca humana que você deverá ter com sua parceira(o) de forma honesta e aberta.
Comentaram sobre como no Japão, as pessoas já estão se afastando usando tecnologias para compensar o contato com parceiros, como, por exemplo, casar-se com hologramas, ou ter ‘bonecas de sexo’. E isso é um sinal preocupante de como a tecnologia pode afastar as pessoas do contato humano. Desviar do que realmente importa, afinal, somos seres sociais.
3 FabriSXSW points de aprendizados:
- O verdeiro sexo não pode ser substituído por máquinas, por mais que existam algumas simulações.
- A tecnologia pode potencializar o sexo, em termos de amplificar o conhecimento e quebrar tabus.
- Precisamos ter mais diálogos abertos sobre o tema e falar mais com nossos parceiros sobre nossas fantasias sexuais.
De forma prática, o talk trouxe que o sexo precisa ser algo mais acessível a todos, de forma que não deixemos o tema ser um tabu. Na prática, exercitar diálogos mais abertos com nossos filhos, amigos e familiares é um começo de algo que pode mudar nossa visão sobre o sexo.
As relações ficaram cada vez mais líquidas, ou seja, vazias, fáceis de serem trocadas. Estamos a um “deslizar de dedos” para achar a próxima pessoa que nos satisfaça mais.
E isso cria uma sociedade preguiçosa sexualmente e cada vez mais confortável em ver o sexo como algo banal. Isso me lincou muito com o assunto sobre como a geração Z ou os centennials (geração atual mais nova) tem comprovadamente feito menos sexo.
Algumas das evidências da pesquisa feita, fala sobre o aumento do consumo de pornografia on-line (cyberpornô) e o tempo dispendido em games e a maior interatividade com as redes sociais. Mas para além disso, uma das possíveis causas é o retardamento psicoemocional que os adolescentes de hoje estão experimentando.
“A geração Z está se desenvolvendo mais lentamente – física e emocionalmente – que as gerações.Os centennials são caracterizados, entre outras coisas, por crescimento vagaroso, ou seja, de modo ímpar, eles estão assumindo menos responsabilidades na vida, o que os afeta de muitas maneiras; do desempenho escolar aos relacionamentos afetivos. Conforme observou o psiquiatra inglês Theodore Dalrymple em seu ensaio “Podres de Mimados” (texto que trata de forma ácida, os efeitos colaterais dodo romantismo no comportamento contemporâneo no Reino Unido), a atual geração de jovens é a mais infantilizada de todos os tempos.”
fonte: VEJA – “o apagão sexual da geração Z”
Essa matéria me remeteu muito ao que a especialista Bryony trouxe como pauta na palestra hoje, pois, por mais que a tecnologia contribua diretamente a diminuição ou aumento do sexo (normalmente de forma inadequada), os motivos reais por trás das motivações que levam as pessoas a terem comportamentos distantes do sexo real, não são a tecnologia em si, mas sim suas criações e suas relações afetivas.
A vida está acontecendo agora e as trocas honestas são mais que necessárias para termos um futuro mais próspero e digno com relação ao sexo.
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