Por que o bem-estar dos funcionários é fundamental para uma empresa verdadeiramente sustentável?
Muito se fala sobre a importância do ESG (Environmental, Social and Governance) para as empresas, mas será que todas estão realmente comprometidas em seguir esses princípios em sua gestão? Infelizmente, a resposta é não.
Muitas empresas utilizam o ESG apenas como uma ferramenta de marketing, sem se preocupar com a implementação de práticas verdadeiramente sustentáveis em seu dia a dia. No entanto, há uma vertente do ESG que tem ganhado cada vez mais destaque: a questão social, que inclui o bem-estar dos funcionários. E é aí que entra a felicidade empresarial. Para uma empresa ser verdadeiramente sustentável, ela precisa estar comprometida não apenas com o meio ambiente e com a governança, mas também com o bem-estar de seus colaboradores.
Uma pesquisa recente da Folha de SP mostrou que, 20% da nossa vida estamos no trabalho (aproximadamente uns 30% a 35% contando tempo de deslocamento). Ou seja, precisamos fazer com que esse nosso tempo seja de mais qualidade.
Certamente! Para embasar ainda mais o que foi dito no texto anterior, vamos trazer agora algumas estatísticas que mostram a importância do ESG e da felicidade empresarial:
- Empresas que incorporam práticas ESG têm melhor desempenho financeiro: um estudo da MSCI mostrou que empresas com alta pontuação ESG tiveram um desempenho melhor em termos de retorno de investimento e lucratividade do que aquelas com baixa pontuação.
- 66% das pessoas gostariam que o trabalho trouxesse mais satisfação, significado ou realização (Gallup).
- Empresas com colaboradores felizes vêem um aumento de 31% na produtividade (Harvard Business Review)
- Vendedores felizes aumentam em 37% as vendas (Harvard Business Review)
- Empresas que investem em programas de bem-estar dos funcionários têm funcionários mais engajados: um estudo da Virgin Pulse descobriu que empresas que investem em programas de bem-estar dos funcionários têm funcionários mais engajados e satisfeitos com seus trabalhos.
O ESG É PAUTA DAS EMPRESAS PARA CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO MAIS JUSTO E SUSTENTÁVEL. FUNCIONÁRIOS QUE ACREDITAM QUE SUAS EMPRESAS SE IMPORTAM COM SEU BEM-ESTAR:
- 69% MENOS CHANCE DE PROCURAR POR UM NOVO EMPREGO.
- 71% MENOS CHANCE DE SOFRER UM BURNOUT.
- TRÊS VEZES MAIS CHANCE DE SE ENGAJAR NO TRABALHO.
A famosa expressão “walk the talk” (aja de acordo com seu discurso) cabe perfeitamente aqui, pois de nada adianta as empresas pregarem o ESG olhando para fora se não estiverem com seus ambientes internos compatíveis com o que falam. Ter ambientes psicologicamente seguros, harmoniosos e que inspirem algo maior nas pessoas além de um mero trabalho – no caso um propósito – é algo que as empresas já perceberam fazer parte do ESG atualizado.
Abaixo, empresa especialista em felicidade corporativa Reconnect, traz um framework sobre como construir um plano de felicidade na sua organização com base no ESG:
fonte: reconnect
Como o framework mostra, precisamos buscar alinhar o ESG com a cultura interna da empresa e criar ambientes em que o colaborador possa sentir que ele é desafiado, enquanto se desenvolve e cria conexões. E tudo isso, sendo reconhecido e valorizado.
Segundo uma pesquisa feita pela Robert Ralf com 23mil funcionários, os fatores que mais influenciam a FELICIDADE no trabalho são:
Esses dados comprovam a importância de se investir em ESG e em felicidade empresarial. Empresas que fazem isso não só obtêm melhores resultados financeiros, mas também atraem e retêm talentos de qualidade mais engajados e produtivos.
Um exemplo de empresa que investe em cultura de felicidade e tem tido sucesso financeiro é a Natura &Co, grupo empresarial brasileiro que inclui a marca de cosméticos Natura, a marca de beleza Avon e outras marcas. A empresa tem uma cultura forte de ESG e bem-estar dos funcionários, incluindo programas de bem-estar mental e físico, horários flexíveis e outras políticas que promovem a felicidade no ambiente de trabalho. Esse investimento tem se refletido em resultados ultra positivos para a empresa, que carrega o título de uma das mais inovadoras empresas do Brasil – ganhou o título de mais inovadora do prêmio Valor Inovação Brasil 6ª edição – além de estar no TOP 1 do ranking da Merco Brasil de ranking das empresas com melhor reputação do Brasil. (https://exame.com/negocios/ranking-mostra-empresas-com-mais-reputacao-com-natura-firme-na-lideranca/).
Aqui na Fábrica DC também praticamos o walk the talk e fazemos o ESG na prática.
Nossa sede fica no Capão Redondo, bairro na zona periférica de São Paulo.
Construímos lá com um propósito: conseguir impactar os jovens da comunidade a encontrar uma terceira via.
Como assim? Os jovens que crescem na periferia não crescem com muitas referências. Lindomar, hoje colaborador da Fábrica de Criatividade, deu um depoimento para nós sobre sua jornada antes de entrar aqui:
Lindomar
“eu cresci numa família com 21 irmãos, e quase todos eles foram presos ou morreram por causa das drogas. Eu sabia que tinha que ganhar dinheiro pra sobreviver e fui pro farol vender bala e ajudar em casa. Eu queria ter o meu dinheirinho também. Minha mãe é aposentada e recebe um pouco lá pra ela sustentar, mas eu queria ter o meu dinheiro também e poder ajudar. A vida no farol era muito cansativa e só alguns dias que eu ganhava bem. Quando eu chegava em casa era como se eu tivesse no carro olhando no retrovisor e de um lado tivesse a biqueira e do outro ser assaltante. Das duas formas eu sabia que eu ia ganhar dinheiro mais fácil e mais rápido. Mas eu não queria ter o mesmo fim que meus irmãos. Eu sabia que aquelas escolhas iam me levar pra lugares ruins. E então eu lembrei que meu irmão conhecia o “japa da fábrica de criatividade” lá do Capão e eu vi a oportunidade de pedir emprego pra ele. Eu falo que a Fábrica foi minha luz no fim do túnel, Eu conhecia eles e via tudo que faziam lá na comunidade, via que dava pra ser um profissional, pra estudar, pra ser alguém na vida. Sou muito grato por poder contar minha história assim, mas gostaria que mais pessoas tivessem a oportunidade de saber que existe vida sem ser a criminalidade.”
Esse é uma, de várias vidas impactadas pelo nosso braço social da Fábrica no Capão. Mas o que queremos trazer aqui é que assim como nós de alguma forma, pudemos ser a “terceira via” para o Lindomar e tantos outros jovens, sabemos que as empresas que atendemos, podem investir em projetos para transformar a vida de jovens. Dar a referência, aproximar e mostrar que existem outros caminhos possíveis é que o mundo precisa para diminuir a marginalização.
Caso queira saber mais sobre nosso projeto, entre em contato conosco por
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