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Entendendo a Comunicação Não-Violenta

Antes de mais nada, você sabe o que significa o termo “comunicação não-violenta”? A Fábrica começa te explicando o conceito dessa cultura.

A Comunicação Não-Violenta (CNV) parte do princípio de uma conversa que flui sem agressividade, de maneira clara, leve e honesta. Essa seria a comunicação ideal para qualquer tipo de relação saudável. Contudo, não é algo que aconteça de maneira natural com todo mundo.

Em alguns casos é preciso praticar e treinar o modo de falar, ler e responder outras pessoas.

Bem como aquela piadinha disfarçada de deboche, aquele momento em que utiliza-se de um tom ríspido com o colega na frente do grupo ou de maneira individual, aquele julgamento ao invés de acolhimento, tudo isso faz parte de algo que está enraizado em nosso ambiente de trabalho.

Desde que nascemos somos ensinados a viver no modo de ataque e defesa em nossa comunicação, é como se essa fosse uma maneira de não mostrarmos vulnerabilidade diante de outras pessoas. Porém, pouco nos é mostrado sobre o quanto isso pode afetar nossas relações durante a vida.

O surgimento da CNV

Marshall B. Rosenberg, psicólogo americano, tinha 9 anos quando precisou ficar trancado em sua casa durante 3 dias, com sua família. O motivo foi um conflito racial acontecido em Detroit que causou a morte de quarenta pessoas. Posteriormente, e não por acaso, na década de 60, Marshall criou o conceito da CNV.

Em 1984, o psicólogo fundou uma ONG chamada Centro para Comunicação Não-Violenta, que tem como missão promover essa cultura pelo mundo. Marshall se aprofundou cada vez mais no tema durante a vida e chegou a participar de desenhos de acordos de paz em mais de 60 países, treinando inclusive, mediadores de conflitos.

No ano de 1999, lançou o livro “Comunicação Não-Violenta: Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais”, desde já um best-seller mundial.

Introduzindo a empatia em nosso cotidiano

De antemão somos agressivos quando fazemos julgamentos, dessa forma praticamos bullying, transferimos nossas culpas, praticamos a discriminação, falamos sem escutar, criticamos outras pessoas ou até nós mesmos, reagimos com raiva e agimos na defensiva.

Sobretudo, de que maneira isso pode ser mudado? Existem quatro elementos que devem ser levados em consideração durante um diálogo, seja no momento de falar ou de ouvir. São eles:

Observação: Quando passamos para o campo de observação conseguimos entender a situação do outro. Ou seja, não estabeleça pré-julgamentos, e não adote uma postura defensiva. Afinal é preciso ouvir o que o outro tem a dizer e principalmente compreender o que ele quer dizer!

Sentimento: Exponha o que sente em relação ao que foi observado e escutado! Isso faz com que a outra pessoa entenda que aquela situação pode causar sentimentos que venham a interferir na maneira de reagir.

Necessidades: Nesse momento você apresenta suas necessidades decorrentes dos sentimentos causados pela conversa. Posteriormente, cabem aqui, reflexões como: O que quero com esse diálogo? Eu consegui? Se sim, a que custo? O que preciso? O que eu esperava quando agi dessa maneira? Para conseguir o que queria, prejudiquei minha relação com aquela pessoa? A machuquei de alguma maneira?

Pedidos: Por último, chegou o momento de pensar em ações para resolver a situação. E, ao invés de utilizar de frases como: “preciso de mais espaço de fala”, utilizar frases como: “para mim, é importante concluir minha fala antes de ouvir a sua”. Sobretudo, fica claro o pedido e a maneira como ele pode ser atendido.

Os benefícios da Comunicação Não-Violenta

Quando aplicada no ambiente de trabalho, a comunicação não-violenta é capaz de aumentar e garantir a segurança dos diálogos entre os profissionais. Contudo o que possibilita a aproximação entre colegas de trabalho, líderes e aliados e traz resultados benéficos e importantes para a empresa.

Entre os resultados da empatia corporativa estão:

Crescimento: As 10 melhores empresas segundo o “Índice de Empatia Global” em 2016, tiveram um aumento em seu valor mais de duas vezes maior que as 10 piores.

Produtividade: Empresas empáticas também geraram 50% mais lucro por funcionário que as 10 piores.

Receita: As 10 melhores empresas tiveram um aumento de 6% em média na receita, enquanto as 10 piores tiveram uma queda de 9% em média.

Além disso, fica claro que vivemos em um momento denominado de “novo normal” onde ser empático está na moda, e que incrível podermos entender que em determinados momentos, a evolução pessoal está ligada ao simples fato de nos comunicarmos de maneira melhor.

Por fim, não esqueça, para atingir resultados UAU no CNPJ é preciso primeiro, tornar-se UAU em seu CPF. Comece esse processo ouvindo, entendendo e tendo diálogos saudáveis com o seu colega!

Por Karina Mendes

Fontes: Spark Gestão, Inovação Sebrae Minas, Blend-edu, Personare